AL aprova moção de repúdio contra Lula por falas sobre políticos, aborto e Deus

Assembleia  acatou solicitação feita pelo deputado estadual bolsonarista Gilberto Cattani (PL) e aprovou uma moção de repúdio ao ex-presidente Lula  (PT) por seus recentes discursos sobre o  aborto e por  incentivar  militantes do seu partido á “tirar a tranquilidade de familiares de deputados” em suas residências.

De acordo com Cattani, Lula tem promovido incitação ao discurso de ódio em seus pronunciamentos. Além disso, afirma que o  petista defende  abertamente o aborto e relativiza  a fé dos cristãos vinculando a figura de Deus ao Partido dos Trabalhadores.

“Ele tem incitado o discurso de ódio, ameaçado as famílias brasileiras, vem incitando à perseguição de parlamentares e tentado a abolição de forma violenta o Estado Democrático de Direito”, disse o deputado na tribuna.

Após o requerimento ser colocado para discussão no plenário, os deputados estaduais Valdir Barranco e Lúdio Cabral, ambos do PT, se posicionaram contra a moção e atacaram o Governo de Jair Bolsonaro.

Já Cattani respondeu que a maioria dos problemas enfrentados na atual gestão foram criados nos últimos 20 anos, dos quais 16 deles foram de gestões petistas. Ele também recordou que diversos membros do Partido dos Trabalhadores responderam processos criminais e que muitos deles foram presos, durante os governos do PT.

“Em quatro anos não se consegue consertar problemas que foram criados há quase 20. Mas temos que lembrar que o presidente da Petrobras dos governos do PT foi preso, assim como o presidente dos Correios, do Banco do Brasil, da Eletrobrás, da Nuclebrás, da Valec, da Caixa Econômica Federal, do BNDS, três presidentes do PT também foram presos, três tesoureiros do partido foram presos, cinco secretários do PT foram presos, o líder do PT na Câmara foi preso, o líder do PT no Senado foi preso, o presidente da República foi preso e a presidente da República sofreu um impeachment. Não precisamos explicar nada. Enquanto eu estiver no lado contrário estarei no caminho correto”, afirmou.

Colocado em votação, a proposta teve apenas os votos contrários de Valdir Barranco, Lúdio Cabral e Wilson Santos. (PSD). O deputado estadual João Batista (Progressista) foi o único que se absteve de votar.

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Declarações de Lula

Na semana passada, Lula sugeriu que militantes e sindicalistas mapeassem as casas dos deputados federais em cada região do país e realizassem manifestações em frente às residencias dos parlamentares. O objetivo era  fazer pressão sobre o Congresso, e ainda “tirar a tranqüilidade” dos congressistas.

As declarações causaram  reação de vários parlamentares, inclusive dos bolsonaristas que acusam o ex-presidente de incentivar confrontos políticos. Inclusive, Bolsonaristas chegaram a ameaçar Lula e os petistas com armas de fogo nas redes sociais.

Em relação ao aborto, Lula defendeu que a questão se tratada no âmbito da saúde pública. “Na verdade, [o aborto] deveria ser transformado em uma questão de saúde pública e todo mundo ter direito e não vergonha”, afirmou Lula em evento na Fundação Perseu.

Segundo o petista, mulheres pobres fazem o aborto de forma insegura, de forma arriscada para a saúde da mulher, “enquanto que a madame pode fazer um aborto em Paris, pode ir pra Berlim procurar uma Abort Clinic e fazer um aborto”, disse.

Lula também declarou que ter certeza que “Deus é petista”. A fala fez alusão a habilidade da presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, em contornar os conflitos internos da sigla. (Com Assessoria)

Matheus